terça-feira, 18 de agosto de 2015

Resenha do texto - Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos

Pedagogia diretiva e seu pressuposto epistemológico

A aula característica da pedagogia diretiva são as aulas tradicionais que facilmente podemos ver ao entrar em uma sala de aula dos dias atuais, onde o professor fala e o aluno escuta, o professor dita e o aluno copia, o professor decide o que fazer e aluno executa. O autor nos dá então sua reflexão acerca do comportamento do professor, para ele a atitude do professor revela que ele acredita que o conhecimento pode ser transmitido para o aluno. Ele, o professor, acredita no mito da transmissão do conhecimento – do conhecimento como forma ou estrutura; não só como conteúdo.
O posicionamento do autor se torna interessante ao não descartar outras hipóteses, como por exemplo professor ter aprendido que essa é a maneira de se ensinar. Até porque devemos levar em consideração que nem todo professor é formado para dar aulas, assim talvez o único modo de dar aula que ele conheça seja baseado em suas próprias experiências como aluno, logo suas aulas não poderiam ser de outra maneira.
A partir de então ter definido a característica da pedagogia diretiva, o autor passou a tratar sobre a epistemologia que cerca este tipo de pedagogia. Sendo esta o Empirismo, que é o nome dessa explicação da gênese e do desenvolvimento do conhecimento. Onde se trata o aluno como uma folha de papel em branco ou uma tábua rasa. Nesse contexto o professor trata seu aluno como uma tábua rasa não somente quando ele nasceu, mas frente a cada novo conteúdo. Então, o autor afirma que a ação do professor, não surge do nada, é baseada em um epistemologia, na qual o sujeito é totalmente determinado pelo mundo do objeto ou pelos meios físico e social.
Essa pedagogia, letimada pela epistemologia empirista, se configura como reprodução da ideologia, conforme o autor, assim, sendo a reprodução do autoritarismo, da coação, da heteronomia, da subserviência, do silêncio, da morte da crítica, da criatividade e da curiosidade.
Assim, devemos concordar com o autor em sua fala acima, em uma pedagogia onde apenas o professor é o detentor de conhecimento e ao aluno cabe apenas o papel de escutar e memorizar quietamente, não se pode esperar nada além da morte do pensamento crítico, criatividade e curiosidade.
Após essas constatações o autor relaciona a aprendizagem e o ensino para esta pedagogia. Assim vemos que ensino e aprendizagem nessa pedagogia são pólos dicotômicos, onde o professor jamais aprenderá e o aluno jamais ensinará. Ensino e aprendizagem não são pólos complementares e a relação entre eles não se faz possível. É o modelo do fixismo, da reprodução e da repetição, onde nada de novo acontece.


Pedagogia não-diretiva e seu pressuposto epistemológico

            A pedagogia não-diretiva, segundo o autor, não é muito encontrada nas salas de aulas, já que o professor irá atuar como um facilitador, auxiliando os alunos à organizar e complementar os conhecimentos que já possuem, irá despertar o interesse dos alunos desde que o professor interfira o mínimo possível, pois é o aluno que decide o que e como fazer, acredita-se que ele aprende por si mesmo e que já nasce com o conhecimento programado na sua herança genética, devendo apenas ser estimulado e exercitado, de modo que este possa ser potencializado.
            Como o conhecimento já nasce com o indivíduo, àquele que apresenta dificuldades de aprendizagem, ao meu ver, é rotulado como incapaz, já que o seu não desenvolvimento é explicado por uma herança hereditária, a qual não pode ser suplantada. 


Pedagogia relacional e seu pressuposto epistemológico

            Em uma aula, cujo professor adota a pedagogia relacional, podemos perceber que ocorre a exposição de materiais, os quais devem ser significativos para os alunos, já que serão estudados por estes. Após o estudo, incube ao professor explorar o material, fazendo perguntas, apontando diversos aspectos que cabe ao que foi apresentado. Por fim, os alunos poderão realizar apresentações relacionadas ao que foi trabalhado.
            Todas as etapas de ações descritas acima, são adotadas pelo professor pois ele acredita que o conhecimento só será gerado se o aluno agir e problematizar a sua ação, ou seja, o material trabalhado tem de ser significativo para o aluno, de um modo que ele consiga refletir a respeito deste.

Ao contrário da pedagogia diretiva que acredita que o aluno é tabula rasa, a pedagogia relacional considera que o aluno sempre possui uma bagagem de conhecimento, a qual serve de patamar para que este continue a ser construído.

2 comentários:

  1. Este resumo destaca aspectos principais do artigo, mas faltou um fechamento do texto, não?

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  2. Este resumo destaca aspectos principais do artigo, mas faltou um fechamento do texto, não?

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