RESUMO: APRENDER E ENSINAR COMO UMA CONSTRUÇÃO PESSOAL E SOCIAL DE CONHECIMENTO
A transformação do discurso
cientifico em pedagógico, constitui o discurso do próprio professor e educador,
o qual possui a sabedoria de uma prática espontânea, reflexiva, criativa,
contextualizada e imprevisível, permitindo-lhe intuir e compreender as situações
de ensino e aprendizagem.
O ensino e à docência não são uma
forma reprodutora por parte dos professores, assim como não é uma prática
passiva/receptiva por parte dos alunos. O ensino e a docência se dão de um modo
ativo, construtivo, produtivo, em uma dinâmica de escolas, turmas, espaços,
tempos, salas de aula, enfim, recursos que mobilizem todos os atores e fatores
que interveem no processo. Esta é uma visão metamórfica, que nos mostra que de
certo modo, todos aprendem uns com os outros, porém com ritmos, estratégias e
abordagens distintas.
Sempre estamos em presença de uma
construção pessoal e social ou co-construção de saberes, de conhecimento, que é
objeto central de análise e reflexão. Aprender algo que realmente transforme o
sujeito interior e externamente, de modo pessoal e social, objetiva e
subjetivamente, através de assimilação e acomodação de conhecimentos que lhe
permite resolver os problemas que lhe são apresentados e adaptar-se à realidade
de um modo contínuo e permanente, é algo conatural ao ser humano.
Tendo em foco a atividade de
aprender e ensinar, há alguns pressupostos que devem ser destacados, como por
exemplo, os que seguem abaixo:
O
conhecer, o sentir e o querer
Para aprender é preciso conhecer, sentir e
querer, ou seja, aprender é uma atividade que envolve a pessoa na sua dimensão
biológica, psicológica, social e cultural.
A ação de aprender e ensinar só é possível se houver mobilização de
todas as capacidades cognitivas e afetivas dos sujeitos envolvidos.
2 O
desenvolvimento de novas capacidades e competências
Atualmente, aprender e ensinar, pressupõe
o desenvolvimento de novas capacidades individuais e em grupo, como por
exemplo, capacidade de atenção, observação, representação, abstração,
raciocínio, síntese, interpretação, decisão, intervenção, avaliação,
capacidades sociais e de comunicação, tendo em conta as novas formas de
literacia e numeracia. Todas essas capacidades pressupões modalidades de ser e
agir mais capazes, adequadas, competentes, solidárias e tolerantes. Todas as
capacidades mencionadas acima deverão conduzir à aquisição e desenvolvimento de
competências gerais e especificas, pessoais, sociais e técnicas de acordo com
as diferentes situações profissionais e pessoais. Portanto, todo o processo de
formação, deverá ser um processo de construção e de co-construção de
competências cognitivas, comportamentais e de comunicação gerais e especificas
no decorrer da realização dos respectivos planos de estudo.
A transformação do conhecimento cientifico
em conhecimento pedagógico, constitui a ferramenta de trabalho de todo
profissional da educação e da formação, seja qual for o domínio em que este
atue.
Aprender uns com os outros, os mais novos
com os mais velhos e vice-versa, os que sabem menos com os que sabem mais,
sempre foi o método mais eficaz e que hoje, tende a ser de um modo mais
universal e decisivo. De certa forma, esta é a ideia que esta subjacente às
aprendizagens colaborativas e às comunidades de aprendizagem presenciais e
virtuais.
As novas maneiras de aprender e ensinar
não seriam possíveis e nem viáveis sem a colaboração das novas tecnologias da
informação e da comunicação. Porém, não se pode concluir que basta dispor das
teorias mais avançadas da informação e da comunicação para tudo estar
resolvido, pelo contrário. Hoje, os grandes desafios colocam-se ao nível dos
conteúdos e das dinâmicas de interação e colaboração entre os diferentes
sujeitos.
A seleção e a qualidade dos conteúdos são
um grande desafio, por isso, as competências e capacidades a desenvolver e a
adquirir pelos alunos, sejam elas mais básicas ou especificas, não podem passar
ao lado dessa realidade. É necessário, sobretudo, que ao nível das políticas,
organização, organização e gestão curricular e institucional, sejam criadas as
condições para que essas capacidades e competências se realizem.
Referência Bibliográfica
TAVARES,
J. Aprender e ensinar como uma construção pessoal e social do conhecimento.
InterMeio: revista do programa de pós-graduação em educação – UFMS, Campo
Grande, p.4-19, v.11, n.22, 2015.
Ótima resenha sobre um conjunto de elementos imprescindíveis à atividade docente. Parabéns!
ResponderExcluirÓtima resenha sobre um conjunto de elementos imprescindíveis à atividade docente. Parabéns!
ResponderExcluirFicou joia, muito bem feito.
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